quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Os Ultimos Genios do Mundo 2

Não falei do maior genio esquecido da atualidade.Chico Anisio criou o maior personagem sobre a a vaidade incompetente da Historia:Alberto Roberto.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Urgencia 2

Enviado por Ricardo Noblat -
28.1.2009
2h43m
deu na folha de s.paulo
Só 27% dos médicos sabem reconhecer a sepse
Um estudo do Ilas (Instituto Latino-Americano de Sepse) com 917 médicos de 21 hospitais brasileiros (públicos e privados) concluiu que apenas 27% deles sabem diagnosticar corretamente a sepse, conhecida como infecção generalizada. O Brasil, ao lado da Malásia, lidera o ranking de mortes por essa doença, com 250 mil óbitos por ano, segundo pesquisa feita em 37 países em 2005.
A sepse é uma resposta inflamatória exacerbada do organismo a uma infecção. Uma infecção urinária, como a que levou à morte a modelo capixaba Mariana Bridi, 20, pode ser curada com um simples antibiótico -o que ocorre na maioria dos casos-, mas também pode evoluir para sepse grave, que, se não diagnosticada logo e tratada corretamente, pode matar.
A chave para o tratamento correto é o médico saber reconhecer se determinada infecção vai evoluir para sepse grave. Por exemplo, se uma pessoa chega ao pronto-socorro com uma infecção e, ao mesmo tempo, apresenta taquicardia e aumento da respiração, o quadro já pode ser crítico, e o médico deve iniciar uma série de intervenções, como hidratação com soro, controle da pressão arterial e antibioterapia.
No estudo do Ilas -baseado na tese de mestrado do médico Murilo Assunção-, os médicos receberam um questionário com casos clínicos diferentes e tiveram de identificar em quais situações eles se enquadravam. A maioria dos profissionais avaliados (92%) soube identificar uma infecção simples e o choque séptico (81%), uma situação extremada de sepse que mata 70% dos doentes. Mas só 27% souberam reconhecer a sepse. A sepse grave foi identificada por metade deles (56,7%).
"Esse desconhecimento é algo muito sério, um problema que acontece todos os dias nos hospitais brasileiros, mas, como não afeta modelos ou pessoas de maior notoriedade, fica invisível", diz o médico Eliezer Silva, vice-presidente do Ilas e médico da equipe da UTI do hospital Albert Einstein. Assinante do jornal leia mais em: Só 27% dos médicos sabem reconhecer a sepse, diz pesquisa

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

X-Men

O mundo dividido dos filhos do átomo continua fazendo historia.Estou sentindo a ressonancia dele no novo arco com Super-Homem e a Legião de Super-Herois.

Um Filme Subestimado

Eu já devo ter visto vintes vezes,mas vi pouca coisa escrita sobre ele:Força em Alerta.Alem de ser um clone bem feito de Duro de Matar,lá estavam as sementes de O Fugitivo.Como brinde,se olharem com atençao,vocês vão ver uma profética pequena critica a um certo presidente norte-americano.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Os Ultimos Genios do Mundo:Clint e Tostão

Mestres do Wudang e do Shaolin.Eles conhecem a simplicidade eficiente da beleza.Vejam A Troca e Gran Torino de Clint ou leiam este texto de Tostão : " Para ser um super craque-artilheiro, como foi Romário, é preciso entrar na área sem medo, com uma descontraída seriedade, como se estivesse em casa. Para ser um super craque-artilheiro, como foi Romário, é preciso perceber a velocidade e os movimentos corporais dos companheiros e adversários. Em vez de procurar a disputa da bola com o defensor, como faz a maioria dos atacantes, Romário vai esperá-la sozinho, no lugar certo. Simples e óbvio. Para ser um super craque-artilheiro, como foi Romário, é preciso também fazer gols bonitos. Como já disse Soninha, gol espetacular deveria valer por dois. Para ser um super craque-artilheiro, como foi Romário, é preciso ter muita velocidade para os pequenos e grandes espaços. Quando era jovem, Romário se colocava na linha do meio-campo ou na intermediária do outro time, mapeava tudo que estava em sua volta, lia o pensamento do companheiro que estava com a bola, e partia no momento certo para recebê-la na frente e antes do goleiro. Para ser um super craque-artilheiro, como foi Romário, é preciso conhecer bem suas qualidades e ter confiança no que faz. Romário sabia que era um fenômeno e não escondia isso. "A humildade não é desconhecer o que somos; é conhecer e reconhecer o que não somos". Para ser um super craque-artilheiro, como foi Romário, é preciso ser simples, conciso e saber esperar o momento certo de brilhar. Só os gênios conhecem a simplicidade".

Fla-Flu tempo real 3

O Fla-Flu do 31
Por ROBERTO VIEIRA
O campeonato carioca deste ano tem dono.
Desde 1906:
Flamengo ou Fluminense.
O Vasco da Gama tropeça nas próprias chuteiras.
O Botafogo?
Acostumou-se ao vice.
Os demais doze clubes que disputam o estadual são meros apóstolos.
Não fazem milagre.
E já que o campeonato pertence a dupla Fla-Flu, matemática.
Este será o ano do Fla-Flu do 31.
Ambos os clube possuem 30 títulos.
Desde que o futebol do Flamengo nasceu tricolor, mitologia.
O Flamengo procura alcançar o pai.
Édipo.
O Flamengo foi campeão carioca em 1914?
O Fluminense já tinha quatro conquistas.
Na perseguição, valeu de tudo.
Zico, Doval, Dida contra a bola na Lagoa e na barriga.
Pra quem gosta de números, uma dica.
Nos anos terminados em 9, o Fluminense venceu 4 vezes.
1909, 1919, 1959 e 1969.
E o Flamengo também: 1939, 1979 e 1999.
Uai, não foram 3?
Pois é.
O Flamengo é o único clube do mundo bicampeão no mesmo ano: 1979.
Ano de anistia.
Ano em que o Rio engoliu a Baía de Guanabara...

Urgencia

Um crime que persiste há dez anos
JOSÉ ARISTODEMO PINOTTI
É o próprio negócio da China: o SUS faz o atendimento e o usuário paga a operadora do plano de saúde
NÃO SEI qual é o limite da irresponsabilidade no meu país. Darei um exemplo fictício e depois me referirei ao fato. Um ladrão e sua gangue roubam o Estado, na área da saúde, durante dez anos, com estratégia perfeita e proteção garantida; o tempo passa, uma prova aqui, outra ali, e eles se sentem inseguros. O chefe do grupo lidera a correção do grande e contínuo furto, como se ele não tivesse existido ou como se não existissem culpados nem lesados. Os jornais publicam, o povo aplaude. O leitor deve estar lembrando de vários fatos recentes que aí se encaixam. Vou mencionar apenas um, que é o "ressarcimento" determinado pela lei 9.656, de 1998, e que rouba do SUS cerca de R$ 2 bilhões por ano, além do espaço nos únicos hospitais reservados aos seus pobres pacientes. A lei determina o óbvio (artigo 32): que todos os procedimentos a que o usuário de plano de saúde tem direito pela operadora e são feitos no SUS devem ser ressarcidos -não pelo paciente, lógico, mas pela operadora. A responsável legal pelo recolhimento é a ANS (Agência Nacional de Saúde). Pois bem, nesses dez anos, ele nunca foi feito por inteiro tampouco eficientemente. A ANS só cobra internações, deixando de lado o mais caro, que são os procedimentos ambulatoriais de alto custo (quimioterapias, hemodiálises, radioterapias, tomografias etc.), como ficou provado em duas auditorias do TCU (acórdãos 771/2005 e 1.146/2006). Minha luta contra esse crime à saúde dos brasileiros é conhecida no Parlamento (16 discursos, projetos de lei, artigos etc.). Em todas as tentativas fui vencido por ouvidos moucos, lobbies eficientes e leniência da ANS, para dizer pouco, até que resolvi atuar de modo diferente. E foi isso que motivou a ANS (como na historinha que contei) a mudar cinicamente de posição, com mínimos efeitos práticos até agora, e mandar notícias para os jornais, sem constrangimento. Ao assumir a presidência da Comissão de Fiscalização e Controle (CFC), com a preciosa ajuda do TCU e dos sérios deputados lá presentes (da oposição e da base do governo), aprovamos duas audiências públicas, nas quais ouvimos a confissão despudorada do representante das operadoras e do presidente da ANS de que não cumprem a lei 9.656/98. O TCU mostrou, sem contestação, que mais da metade não é cobrada quando a ANS deixa de lado ilegalmente os procedimentos ambulatoriais e, do cobrado, o SUS recebe menos de 20%, com atrasos frequentemente maiores do que cinco anos. É o próprio negócio da China: o SUS faz o atendimento e o usuário paga a operadora. Dez anos! A desculpa esfarrapada de ambos (ANS e operadoras) é a existência de uma Adin no Supremo Tribunal Federal, mas que de forma nenhuma invalida a lei 9.656/98 (seria fácil derrubar todas as leis simplesmente formulando Adins). Outra desculpa da ANS, inacreditável, é a dificuldade de cobrança. Será que os planos têm dificuldades de cobrar 30 milhões de usuários, o governo, de receber as taxas e impostos de 180 milhões de brasileiros, e os bancos, de cobrar suas taxas e juros? A máscara caiu. O deputado Juvenil, infenso a lobbies, formulou um processo de fiscalização e controle que foi aprovado. Mandamos um expediente para o Ministério Público e procurei informar o STF sobre a questão. Só assim os bandidos saíram da toca e querem agora demonstrar publicamente que desejam fazer correções. Quero ver quem paga o prejuízo financeiro de dez anos ao SUS e as vidas perdidas. Essa questão deve envolver mais de R$ 2 bilhões anuais, pelos cálculos da oposição de sete anos atrás, pelos dados que coletei de 12% e 15% dos usuários com planos em dois hospitais públicos de São Paulo, que dirigi, e pelos dados obtidos pelo TCU. Chego até a entender o apetite das operadoras, pela lógica imperativa do lucro e imersas nesse processo feroz de privatização consentida da saúde brasileira. Entendo a passividade dos usuários do SUS, que não compreendem, pela complexidade do processo, por que seu atendimento é precário. Mas é impossível entender: a ANS, órgão governamental, que participa com ilegalidade, leniência e incompetência; parte do Congresso, que tem se rendido a esse lobby; e os governos, os quais venho prevenindo há tanto tempo. Todos eles poderiam, mas não fizeram nada para coibir esse crime praticado contra o próprio governo e, especialmente, contra os usuários pobres do SUS.
JOSÉ ARISTODEMO PINOTTI, 74, é deputado federal (DEM-SP), professor emérito da USP e da Unicamp e membro da Academia Nacional de Medicina. Foi secretário de Ensino Superior (governo Serra), da Saúde (governo Quércia) e da Educação (governo Montoro) do Estado de São Paulo, reitor da Unicamp e presidente da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Fla-Flu em tempo real 2

E o Flamengo saiu na frente,mas ainda temos 10 bilhões de anos de Campeonato.

Fla-Flu em tempo real

E continua o jogo eterno do Rio.Por enquanto vai dando empate.Cada um tem 30 titulos.

Sicko

A melhor maneira de enfrentar os conservadores não é o choque e sim,a compaixão.Acho que Michael Moore aprendeu isso.

Lendas

No futuro a História vai lembrar de um presidente(Reagan) que conversava com Superman,de um outro(Obama) que se encontrou com o Homem-Aranha e do quanto Lincoln foi importante para os dois.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

A Verdade da Vida

Luiz Carlos Oliveira Jr.(Contracampo)
Um filme citado de forma diferente é Aconteceu Naquela Noite, de Frank Capra, que ganha o Oscar em 1935, conforme Christine ouve pelo rádio. Capra e Lang: duas linhas de força do cinema dos anos trinta em Hollywood. Capra, segundo o senso comum, representa o otimismo, a levantada de moral pós-1929. Lang, o pessimismo, o céu tenebroso de um mundo tragado pela violência e mesmo estruturado por ela (e aqui já não é mais o senso comum que diz). Para que lado Eastwood vai ao evocar ambos? A princípio, A Troca tenderia a um profundo e intransigente negativismo, não fosse por um detalhe: Eastwood não busca o positivo nem o negativo, ele busca a verdade

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Jerry Lewis + Mickey Rourke

Oscar 2009

A academia é burra,mas não é louca.Batman,A Troca e Mickey Rourke estão lá representados.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

A Troca

Eu queria escrever alguma coisa sobre essa obra-prima do maior diretor de cinema vivo,mas Mestre Jorge Coli já disse tudo:
"Sobre Meninos e Lobos", o filme mais pessimista de Eastwood, centra-se, como "A Troca", na violência sobre crianças. Agora, porém, a última palavra é esperança."E eu acrescento:Clint fez como o genial Hitchcock que quase sufocou o mundo com Vertigo e depois deixou que todos respirassem um pouco com Intriga Internacional.Pode não parecer,mas A Troca nos ajuda a viver a vida como ela é.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Final Feliz

Um incrivel acidente de avião que é evitado com um surpreendente pouso em um rio com todos se salvando.Rezo para que o roteiro de Obama na Presidencia tenha a mesma qualidade.

Will Eisner

Alguns dizem que HQ é subliteratura.A Força da Vida,graphic novel do mestre, é supraliteratura.Ai temos um espelho do metafisico escondido em qualquer sonho banal.No final das contas,a carne humana não sobrevive sem o sonho.

Um pouco de Luz,...

Sem solução
por Daniel Piza
Li dezenas de artigos sobre o conflito entre Israel e o Hamas, mas a verdade é que não dá para imaginar solução a curto ou médio prazo. O Hamas nem sequer reconhece a existência do Estado de Israel. E Israel, por mais que diga que aceite um Estado palestino, desde sua criação há 60 anos só fez se expandir ou reagir desproporcionalmente toda vez que foi atacado, como agora ou como no Líbano em 2006. O pretexto de “combater o terrorismo” não cola; tudo parece muito mais relacionado às eleições que ocorrerão no mês que vem. Agora, nada mais vulgar do que comparar a atuação de Israel com o holocausto nazista.
Os subterrâneos do debate estão poluídos de religião, e os argumentos a respeito do direito àquela terra – por antiguidade ou continuidade – não definem nada. Além disso, ou por isso, toda a região está interligada, e o papel de países mais estáveis como Egito e Turquia para contrapor o radicalismo de Irã e Síria seria fundamental se a opinião pública israelense e palestina endossasse a moderação. Mas não é o que tem acontecido. Há mais variáveis nessa equação do que a matemática política consegue resolver.

... mais Luz

FERNANDO RODRIGUES Adeus reforma política
BRASÍLIA - "Reforma política" é uma expressão usada em Brasília quando deputados e senadores estão sem assunto. Agora, como informou Kennedy Alencar ontem na Folha, o assunto fica sepultado no governo Lula.A espinha dorsal do plano lulista era acabar com a reeleição e aumentar os mandatos presidenciais para cinco anos. Como as regras seriam novas, algum companheiro poderia defender uma terceira candidatura consecutiva de Lula. Na pior hipótese, o petista deixaria a cadeira em 2010, mas retornaria candidato cinco anos depois.Com a economia indo para o buraco e a incerteza sobre quem vencerá em 2010, Lula desistiu da ideia. O DNA de sua desilusão está num cálculo simples: a mudança agora beneficiaria apenas o PSDB.Se o Congresso decreta o fim da reeleição, viabiliza um acordo entre José Serra e Aécio Neves. Os tucanos arbitram uma ordem sucessória. Com as regras mantidas, o racha entre os caciques do PSDB se torna cada vez mais inevitável.Mais do que atrapalhar os adversários, a decisão de Lula enterra a chance de haver uma reforma política durante seus dois anos finais de mandato. A notícia pode parecer ruim à primeira vista, mas é um alento quando se observa o monstrengo tramitando no Congresso.Na esteira do fim da reeleição falava-se em unificação de mandatos, de vereadores a presidente da República. "Gastaríamos menos e o Brasil não pararia a cada dois anos", são os argumentos. Bobagem. Eleições são baratas. O país fica longe de parar quando há uma disputa eleitoral. A única consequência certa da unificação seria menos democracia: o eleitor passaria a dar sua opinião só uma vez a cada meia década. A suposta economia na eleição ficaria caríssima com a farra dos políticos. Mas Lula, pelas suas razões particulares, tirou o time de campo. Ainda bem.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

A Lenda Vive

Chris Claremont conseguiu de novo.Todo mundo sabe do milagre que ele operou transformando o vilão Wolverine em um dos melhores personagens das HQ.Com outra rendenção a la Claremont o Dentes-de-Sabre aparece na ótima Exilados que acabo de ler.E ainda temos uma historia sobre a importancia da liberdade como sentido da vida.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Ricardo Montalban morreu

Hora de lembrar da vida.DA minha velha infancia com As Panteras e com o Sr. Roarke combatendo aquele subalterno de Lucifer.Das Jornadas nas Estrelas para onde TODOS os homens e mulheres um dia irão.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Norah Jones

Toda mulher é um discreto milagre como em um Beijo Roubado.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Sonho de Paz

Poesia, com perdão da palavra -Autor: Fausto Wolff
Jeito: Hoje vou morrer. Amanhã vou morrer. Ontem vou morrer. Mas, nesse espaço neutro, me diverti um pouco.

Tenho um passarinho que pega minhas angústias e as joga no Mar Morto, onde não fazem mal a ninguém. Na volta para casa, ele pega as esperanças e as deposita na minha cama antes de eu acordar. Desde muito pequeno e triste achava que ninguém me acharia. Tão misturado, lobo, ridículo palhaço estava em minha tristania. E contra o tempo, as feridas do tempo, contra os fingimentos que meu sangrado coração denunciava, você - sinos, sol, sorriso e alegria - apareceu.

Guerra Real

Assistindo à guerra-Autor:Fausto Wolff
O cheiro que se sente onde haja um campo de batalha é sempre uma mistura de mijo, sangue, clorofórmio, excremento e medo. Sei porque vi. E o sangue é sempre de jovens, o medo impregna suas almas enquanto borram as calças. No campo de batalha não há higiene. De um lado, um menino de 18, 19 anos impede com as mãos que as vísceras saiam da barriga. De outro, um soldadinho que não sabe nem por que está morrendo se arrasta em busca da própria perna que se desgrudou do seu corpo e foi lançada a alguns metros de distância. São moços pobres para os quais as Forças Armadas prometeram um futuro seguro. São moços caipiras que se criaram vendo Stalones e Schwarzeneggers na televisão e acreditaram que a América era o lar dos bravos. Mas não há nenhum mocinho para ajudá-los agora. Eles, os astros, estão em Malibu Beach, em suas casas de 200 milhões de dólares, meus filhos, e nem sabem que vocês estão morrendo.
Durante a Segunda Guerra Mundial perguntava-me como os pais deixavam seus filhos irem para a guerra. Não tinham medo de que eles morressem? Como esposas deixavam seus maridos irem para a guerra? Não tinham medo de que eles não mais voltassem ou que voltassem cegos ou sem uma parte do corpo? Menino, no meio da noite de escuridão e ignorância que me envolvia, eu jurara: ''Quando eu crescer não vou deixar que as guerras continuem.'' Mal sabia eu que pouco mais de dez anos depois estaria no Canal de Suez como correspondente de guerra e que ainda veria outras duas guerras. Naqueles dias descobri - não sei se conscientemente, provavelmente não - que a vaidade e a necessidade de sermos reconhecidos conseguem superar o medo

MARTA É TRI

O futebol brasileiro não morreu.

GLOBO DE OURO

A VIDA É UM COMBATE

sábado, 10 de janeiro de 2009

Paulo Francis

Eu conheci John Woo em uma critica em que o Francis quase "nocauteou" o diretor chinês e seu cinema,mas Woo sempre teve um boa movimentação no ringue como a gente pode ver em A Ultima Ameaça(Broken Arrow).

John Woo

No setarosblog há um texto iluminador do Ruy Gardnier sobre Hitchcock.Eu sou de outra época: Fui criado com chocolate,Woody Allen e John Woo,mas não consegui escapar do alcance do Gardnier.O texto que eu trancrevo aqui exemplifica bem isso:*** A dupla face de uma mesma moeda por Ruy Gardnier***

A querela em torno da obra de John Woo não é de hoje. Trata-se de um autor, no sentido que a análise fílmica considera os realizadores com estilo e temática pessoais? Ou então trata-se de um artesão talentoso, de inclinação espacial para as cenas de ação e para a coreografia de tiroteios? A questão bem que se poderia colocar de outra forma. Ao invés de perguntar "se" Woo é um autor – pergunta de uma metodologia um bocado arrogante e sempre arbitrária demais – é interessante que se pergunte "que" tipo de autor é John Woo.
Uma tentativa de resposta: certamente não aquele tipo de artista a que o público dos cinemas de arte está acostumado. Suas obras em Hong Kong, mesmo as mais perfeitamente realizadas, contêm sempre uma gracinha fora de hora, uma rapidez especial em contar as coisas que é sempre seguida por cenas de detalhe realizadas em câmara lenta. Os momentos da história que deveriam ser sérios, sentimentais ou lacrimejantes adquirem sempre uma dimensão propriament lúdica, como se fosse preciso uma auto-ironia do próprio filme para que a história pudesse ser levada adiante. John Woo aproveita-se dessas cenas, que nos filmes de ação são filmadas geralmente apenas para fazer a história seguir, sem um tesão especial, John Woo as transforma em palco para uma segunda leitura do filme, autoparódica, irreverente, virtuosística e, no limite, distanciadora. Essa, entretanto, é uma tradição do cinema oriental popular – basta ver alguns dos filmes de gênero de Seijun Suzuki e de Tsui Hark, essa espécie magnífica de continuador –, que Woo utiliza à perfeição, mas que entretanto não é tão bem compreendida pelo público "educado" ocidental.
Seu estilo tem um tanto a ver com sua criação. John Woo nasceu em 1948, no Cantão (sudeste da China), mas logo em 1950 sua família foi uma das muitas a se refugiarem na ilha de Hong Kong a partir da fundação da República Popular da China. De família pobre, viveu na pele o estranho ambiente de marginalidade e ordem que povoa seus filmes. Woo (na verdade Ng Yu-sum) fez seus estudos, patrocinados por uma família americana, numa escola luterana (de onde certos críticos imaginam que retirou boa parte das influências religiosas: pombos, igrejas, virgens-marias...), e no tempo ocioso ia ao cinema assistir a comédias musicais americanas (de onde se pode adaptar o gosto pelas coreografias de tiroteio). Woo não tinha outra opção: pobre demais para pagar estudos de cinema, fez da sala de projeção sua escola, e mais tarde o próprio set, tendo sido "adotado" mais tarde (1969) pelo realizador Zhang Che, de quem ele afirma ter extraído uma grande parte de ensinamentos.
Em 1972, John Woo realiza seu primeiro filme, Farewell Buddy, que entretanto foi censurado pelo governo por causa de sua violência. Em 1975, assina com a companhia Golden Harvest, magecompanhia de Hong Kong que já assinou nomes como Tsui Hark e Hou Hsiao-hsien. A partir daí, a batalha de Woo se parece muito com a de seu herói em The Killer: uma luta constante contra aqueles com quem ele faz negócio. Em 1981, Tsui Hark o convida para a sua Cinema City, e Woo aceita, imaginando que, como realizador, Tsui compreenderia os constrangimentos de uma mão forte demais na produção. Triste esperança: apesar de exímio realizador, como produtor ele quer que tudo num filme passe por seu controle. Se até 1989 John Woo continuou vivendo sob a mão forte de um produtor que o constrangia, conseguiu realizar entretanto um de seus filmes mais importantes, Alvo Duplo (A Better Tomorrow), o filme que levou ao estrelato não só ele, mas também o então novato Leslie Cheung, mas principalmente Chow Yun-fat, agora astro em Hollywood.
A partir de 1989, John Woo vive o ápice de sua forma. Realiza The Killer, considerado até hoje como sua película mais pessoal, e ainda antes de sair de Hong Kong para oe Estados Unidos, em 1993, realiza Bala na Cabeça e Fervura Máxima (Hard Boiled). Seus primeiros dois filmes americanos para película (O Alvo e Broken Arrow), fazendo com que o público ocidental ficasse receoso que Woo fosse mesmo um realizador de primeira categoria. Entretanto, com A Outra Face (Face/Off) e M:I 2, conquistou devidamente seu posto como um dos mais criativos realizadores da atualidade, com a depuração de um estilo cheio de efeitos de ilusão, câmaras-lentas, montagem eisensteiniana (o mesmo acontecimento visto por diversos ângulos) e uma construção dramática pouco verossímil mas que entretanto é muito lúdica com o espectador.
A coisa que mais surpreende no cinema de John Woo, mais do que sua estética, é a recorrência dos temas. Rigorosamente, cinco de seus filmes mais importantes apresentam exatamente a mesma história: o herói, na luta com o vilão, acaba se identificando com ele. Essa pode ser a sinopse tanto para Alvo Duplo, The Killer, Fervura Máxima, Alvo Duplo ou M:I 2. Não é à toa que nesse dois últimos filmes os mocinhos usem os rostos dos bandidos ou vice-versa: a moral dos filmes de John Woo é propriamente a moral da ambigüidade, aquela do maverick, aquele sujeito que pouco importa o lugar em que ele está ou sua posição moral (bem ou mal); o que importa é que ele é diferente de todos os outros porque respeita apenas sua ética e nada mais. É nesse ponto que os bandidos se identificam com os mocinhos. Em M:I 2, Sean Ambrose passa para o lado malvado porque não poderia se comparar como mocinho a Etahn Hunt; mas inversamente Hunt também não deseja ser melhor que Ambrose, mesmo que para isso tenha até que roubar-lhe a namorada? Tomemos então os momentos finais de The Killer: Tony leung e Chow Yun-fat finalmente reconhecem que estão juntos, que fatalmente lutam a mesma batalha por lados opostos. São, de qualquer forma, amigos.
O melhor lugar cinematográfico para observar essa estética da ambigüidade, esse elogio das grandes baleias brancas, nascidas tarde demais num mundo que não as suporta, é no filme em que pela primeira vez surgem esses heróis: Alvo Duplo. Ho e Kit são irmãos. Ho, mais velho, sem o conhecimento do irmão, é um dos mais eficientes trabalhadores numa máfia de falsificação de dinheiro; Kit é um jovem policial que tem altos ideais e deseja prender os criminosos. Quando o pai dos dois morre, Kit fica sabendo de tudo e passa a odiar o irmão por atribuir-lhe a morte do pai. Enquanto isso, Ho está preso em Taiwan porque decide abandonar sua vida de crime (a pedido do pai, que não queria "ver seus dois filhos brincando de polícia e ladrão na vida real"). O fim do filme, entretanto, vê os dois irmãos (com a ajuda de Chow Yun-fat, responsável mesmo como coadjuvante pela cena mais sensacional do filme, em que ele vinga a prisão do parceiro com um massacre esplendidamente filmado) lutando contra um inimigo comum. Desesperançoso, incomum, e acima de tudo solitário, John Woo é hoje o realizador por excelência do exímio ermitão. Ele filma a saga do homem que, por ser bom demais (por ser ético), encontra-se acima do bem e do mal.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Obama e Homem-Aranha

Para esquecer um pouco das trevas do Cavaleiro e dos tempos de guerra um pouco de sonho: Homem-Aranha e Barack Obama se encontram em quadrinhos
Publicada em 08/01/2009 às 20h07mO Globo



RIO - É um novo dia para os Estados Unidos e o Homem-Aranha embarca nesta viagem! Para celebrar a posse do futuro presidente americano, Barack Obama, a Marvel Comics vai presentear seus leitores com uma nova aventura que une Obama e o super-herói na mesma história em quadrinhos: "Spidey Meets the President" (Aranha encontra com o presidente).
A aventura acontece na capital americana, Washington DC, no dia da posse de Obama. Durante a cerimônia, um velho inimigo do herói tenta estragar a festa. Os fãs do super-herói poderão encontrar a edição de número 583 nas lojas de quadrinhos a partir do dia 14 de janeiro.
- Quando descobrimos que o presidente eleito Obama era um colecionador de revistas do Homem-Aranha, sabíamos que as duas figuras históricas deveriam se encontrar nos quadrinhos do "Universo Marvel" - disse o editor-chefe da Marvel, Joe Quesada.
- Momentos históricos, como a posse de um presidente, são reproduzidos em nossos quadrinhos porque o "Universo Marvel" fica no mundo real. Um fã do Homem-Aranha se mudando para a Casa Branca é um evento que deve ser celebrado nas páginas de O Extraordinário Homem-Aranha.

Oscar

Homem de ferro,para mim,é o melhor filme-HQ de 2008,mas,pelos criterios conservadores da Academia,eu aposto em varias indicações para o filme de Nolan.Falam muito do didatismo ululante do diretor,mas é aí mesmo que ele cativa o pessoal da festa caipira do cinema.

O Mal,Batman e a Direita

Dizem que sou uma pessoa ingenua por acreditar na bondade das pessoas.Acho que quem fala assim tem uma essencia conservadora com aquela ideia do mal intriseco da humanidade.Se não estou enganado,essa é a razão da força gravitacional do Batman de Nolan sobre os sites e blogs da "nova direita" e, se o cinema nasceu ligado a vanguarda e ao humanismo otimista,daí vem tambem a repulsa que o Cavaleiro das Trevas,algumas vezes mal decupado, provoca nos meios da cinefilia.Tudo bem.Não importa se eu não entendo o porquê.Continuo gostando da cena da luta final do Batman com a policia para salvar os refens.Ela me faz lembrar de John Woo,do Demolidor da Marvel e da bondade milagrosamente corajosa e eficiente do ser humano.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

A Sobrevivencia da Sonho Brasileiro

RUY CASTRO-Zico e Roberto(Folha de São Paulo-07 de janeiro de 2009)
Foram duas horas de amor intenso -dado e correspondido. Na noite do último sábado, Zico, ex-Flamengo, e Roberto Dinamite, ex-Vasco da Gama (e novo presidente do clube), gravaram as mãos em cimento na "calçada da fama" da livraria Toca do Vinicius, em Ipanema. Os dois são famosos. Mas não foi isso que encheu a rua.Desde que o príncipe regente dom João aportou por aqui, há 200 anos, o Rio se habituou às celebridades. Certa vez, andei com Julio Iglesias por Copacabana e ninguém lhe deu pelota. Tom Jobim sentava-se diariamente à mesa de uma churrascaria, ao alcance de qualquer transeunte, e nunca foi incomodado. E já vi Chico Buarque empurrando um carrinho de bebê com sua neta, pelo calçadão do Leblon, sob geral indiferença.Mas o futebol é especial. Revolve emoções, define a nossa identidade, nos torna melhores ou piores. Pois mais de mil pessoas se aglomeraram defronte à Toca, sob chuva fina, para abraçar e beijar Zico e Roberto, serem fotografadas com eles, ter suas camisas assinadas e dizer-lhes o quanto, até hoje, eles representam em suas vidas. De onde estava, ouvi bem o que elas diziam. Foi um banho de amor e gratidão.Em certo momento, achei que a coisa fosse desandar. Eram muitas mãos e bocas para apenas dois heróis. Mas eles, como heróis, deram conta do recado. Todos que os abraçaram (e eram torcedores de vários times, inclusive de fora do Rio) sentiram-se abraçados de volta.Foi uma noite bonita, como tantas aqui, e que nenhum grande jornal ou revista cobriu -na hora, as redações deviam estar atentas a um possível tiroteio no morro dos Macacos ou em qualquer outro. Há um tedioso automatismo quando se trata do noticiário sobre o Rio: é preciso privilegiar a má notícia. Mas as coisas boas, de teimosas, insistem em acontecer.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Uma mensagem para 2009

Fé cega,pé atras.Se querem desenhado,vejam Bolt-O Super cão.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Podium

Em 2008,foi bom saber que Woody Allen éstá vivo,muito vivo.O cinemão americano tambem demonstrou muita vitalidade atraindo dinheiro e polêmica com o Cavaleiro das Trevas,mas o cinema que me deu vontade de continuar na luta por essa coisinha frágil que é a vida foi o cinema vigoroso do Herzog em O Sobrevivente e o cinema delicado do Wong Kar-wai em Um Beijo Roubado.A medalha de bronze vai para..........Homem de Ferro.É isso aí,ninguem é de ferro.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

O Gianetti(economista) falou que a tal crise resultou de um certo delírio coletivo,ganhou vida própria e se abateu sobre as pessoas.E essa guerra sem fim no começo do ano é uma luta entre irmãos de caras borradas pela loucura de ter razão.Tomara que com Obama a lucidez tenha subido ao poder.Claro que Shakespeare,Machado de Assis,Paulo Francis e Fausto Wolff já deixaram bem claro que poder e lucidez são quase como água e óleo,mas a esperança é uma coisa boa.Feliz ano novo a todos e,como em Um Sonho de Liberdade,esforce-se para viver.